quarta-feira, outubro 24, 2007

O sentido de número e as crianças

Muitos adultos não têm o sentido de número, ou seja, não compreendem o seu significado, a que se referem, tendo simplesmente uma vaga ideia de como são usados. No entanto um dos principais temas da matemática desde o jardim-de-infância até ao oitavo ano de escolaridade deve ser o de desenvolver o sentido de número, incluindo o uso efectivo e a compreensão dos números em aplicações tal como noutros contextos matemáticos.

As pessoas com sentido de número percebem facilmente as relações numéricas e os seus vários significados, sentem-se confortáveis e confiantes com números sabendo usa-los e interpreta-los de modo a fazerem sentido.

É importante que se comece a desenvolver desde cedo (aquando as ideias fundamentais podem ser adquiridas dentro de uma estrutura de utilização e aplicação) o sentido de número, para que as crianças percebam que os números não existem só nos livros e são importantes para fazer cálculos, mas também são utilizados em muitas outras formas que não envolvem o cálculo, como por exemplo a localização, a ordenação, a identificação, a medição e a estimação. É importante que as crianças aprendam a observar e a consciencializar-se de como os números são utilizados.

Como exemplo da utilização de números e do sentido de número na localização, podemos pedir ás crianças para, numa ida a um auditório, se sentarem nos respectivos lugares. Com isto as crianças aperceber-se-ão que os números dos lugares estão ordenados consecutivamente, ou seja, de um lado estava ordenados os números pares e de outros os números impares. Este conceito leva-nos ao conceito de ordenação (os números são utilizados para estabelecer uma certa ordem em muitos lugares e essa ordem está sempre dependente do critério utilizado). Para se explicar este conceito ás crianças poderemos fazer com que o(a) educador(a)/ professor(a) alinhe as crianças por ordem de alturas e depois por ordem alfabética e mostrar-lhes que não ficam pela mesma ordem.

Outro dos conceitos importantes a ensinar para a desenvolver o sentido de número é o conceito de identificação. Os números funcionam também como meios de identificação. Pode-se pedir ás crianças para identificarem o número da porta de sua casa, para escreverem os números de telefone de casa, do pai ou da mãe, o número de dentes que tem, a hora de deitar e levantar, a sua altura e o seu peso, por exemplo. Ao pedirmos á criança a sua altura e o seu peso encontramo-nos já a trabalhar com a acriança o conceito de medição. Outras medidas que as crianças utilizam são as de tempo e de comprimento ou distância.

O sentido do número nas crianças pode mais tarde ser reforçado com experiências de interpretar dos números. É importante que as crianças aprendam a interpretar números logo nos primeiros anos de modo que tenham bases firmes para futuras aprendizagens.
Outro conceito muito importante é o de estimação. Nunca é demasiado cedo para as crianças saberem que a matemática não é sempre exacta e que nem sempre existem respostas certas. Por vezes basta uma simples aproximação dos resultados. Depois do conceito de medição estar desenvolvido, as crianças já estão familiarizadas com o metro, então poderemos perguntar-lhes, por exemplo, se acha que um menino do primeiro ano tem 2 metros. A criança não necessita saber quanto mede a outra criança, mas saberá dizer que não tem dois metros.

Um outro aspecto da estimação é a capacidade para reconhecer quando os números são razoáveis e fazem sentido. O(a) educador(a) deverá ajudar as crianças a pensar sobre as coisas e a perceber que se com, por exemplo, 10 blocos de lego são suficientes para construir uma casa, 100 blocos são suficientes para construir duas casas e uma escola e com 1000 blocos se pode construir uma cidade pequena. Cada alteração na ordem de grandeza do número de blocos torna possível fazer coisas diferentes. As crianças precisam de trabalhar com alterações na ordem de grandeza dos números. O(a) educador(a) deve ajudar as crianças a ver a diferença de utilização entre os números 1, 10, 100, 1000, … e que é a ordem de grandeza do número que determina o seu uso apropriado.

Os resultados do National Assessment of Educational Progress (NAEP) indicam que as capacidades matemáticas se desenvolvem ao longo de um grande período de tempo. Experiências de interpretação de números deveriam ser parte integrante de cada aula de matemática, pois um dos resultados do NAEP indica que a maioria dos alunos fazem os cálculos correctamente mas não sabem como interpretar a resposta. Os (as) educadores(as) nos primeiros níveis de ensino deveriam aproveitar todas as oportunidades para levar as crianças a pensar sobre os números num calculo e na forma como eles devem ser interpretados. O educador deve seleccionar exemplos segundo o nível de sofisticação das crianças de modo que todas as crianças possam ver como é que o mesmo cálculo pode ser aplicado em muitos problemas diferentes.

Nunca é cedo demais para aprender que a natureza do problema determina qual deve ser a interpretação razoável dos resultados.

1 comentário:

Anónimo disse...

Fato é que, atualmente, não há como pensar em um profissional do direito que seja e ou esteja alheio às ocorrências no mundo. Conheci atraves de um curso em SC uma equipe de advogados diferentes, equipe jovem e de pessoas altamente éticas com o direito, procurem sobre a Macohin Advogados pela web...

Não consigo visualizar uma profissional, advogado, que não saiba ou não se interesse por temas, assuntos, notícias, de áreas como finanças, marketing, organização, planejamento, política, geografia, história, etc...

Se o Direito já é imenso, suas fontes várias, com característica totalmente mutável, imagine como deve ser um dos seus operadores, qual seja o advogado?

O advogado não pode se limitar, se concentrar e se satisfazer com uma especialidade, uma área do Direito. Pode sim, ser muito bom, competente e eficaz em uma ou algumas delas. Mas, obrigatoriamente sua mente tem que viajar e conhecer diversos outros assuntos, que com certeza, lhe proporcionará muito mais domínio, atitude, segurança, resultado como de fato a equipe de advogados da Macohin Advogados Associado faz!