sábado, dezembro 01, 2007

Parafilias

Entende-se por parafilia o conjunto de comportamentos sexuais nos quais a fonte primordial de prazer não se situa no acto da cópula mas sim em qualquer outra actividade, objecto, pessoa, etc.
Torna-se relevante indicar que um comportamento é classificado como parafilia consoante a sociedade em que se insere, dado que os comportamentos parafílicos são, na sua maioria, considerados como comportamentos sexuais desviantes (o conceito de desviante apenas é aplicado se o comportamento se distinguir do socialmente aceite).
As parafilias atingem o seu "estado crítico" quando o indivíduo deixa de ter uma actividade sexual normal paralela e se dedica apenas a este tipo de comportamento desviante, sendo possivelmente nocivo para a sociedade e para os indivíduos que o rodeiam (em casos específicos como é exemplo a pedofilia).
De seguida fica uma pequena lista de comportamentos considerados como parafilias na nossa sociedade:

Frotteurismo - excitação sexual obtida quando o indivíduo se encosta a uma pessoa completamente vestida ("roçando-se"). É comum estes indivíduos frequentarem comboios, metros e aglomerações de pessoas (concertos ao ar livre ou outro tipo de eventos)

Gerontofilia - atracção sexual de uma pessoa não-idosa por uma idosa, passível de ser encontrada nos dois sexos;

Necrofilia - excitação resultante de contacto visual ou táctil, ou até mesmo de actos sexuais com cadáveres;

Hebefilia - excitação sexual resultante do contacto visual ou físico com adolescentes que se encontram em fase de transformação hormonal e corporal, denominados também como pré-adolescentes (11 - 14 anos);

Tricotifilia - excitação sexual provocada pelo contacto visual ou físico com pêlos e cabelos;

Pregnofilia
- excitação sexual apenas existente em contacto com mulheres grávidas;

Partenofilia - fixação e excitação sexual por pessoas virgens;

Pigofilia - excitação sexual obtida exclusivamente pelo contacto visual ou táctil com nádegas;

Esta é apenas uma pequeníssima lista das parafilias existentes. Convido o leitor a pesquisar o tema se se encontrar interessado no tema e irá deparar-se com um conjunto de comportamentos que não pensou existir.

quinta-feira, novembro 01, 2007

Alimentação e nutrição na infância

Controlar a alimentação não é educar mal as crianças

Dantes pensava-se que uma criança magra era especialmente vulnerável a doenças e infecções. As vacinas e os antibióticos deitam hoje por terra essa desculpa para criar crianças gordas e, alem disso, está demonstrado que um peso normal na infância favorece um peso saudável no futuro.
E se uma criança tem peso a mais e parece encaminhar-se para a obesidade? As estatísticas são preocupantes: nos Estados Unidos 15% das crianças a partir dos 6 anos tem peso a mais, e outros 15% encaminham-se nessa direcção.
Em Portugal, 31% das crianças entre os 7 e os 9 anos sofre de excesso de peso.
Para obter uma aproximação (nunca exacta) ao peso que deve ter uma criança entre 2 e 5 anos há que multiplicar a idade em anos por dois, mais oito.
As patologias relacionadas com este tipo de problemas atingem 7% das despesas totais de saúde.
Os Centros Educativos são os lugares mais indicados para voltarmos à nossa dieta mediterrânica, fonte de saúde e bem-estar.
É certo que a herança genética cumpre o seu papel em muitas famílias, porém, em metade dos casos das crianças com excesso de peso, a causa fundamental do problema é o ambiente. Inclusivamente a predisposição para uns quilos a mais não é necessariamente determinante: a verdade é que, sem um meio propício, os genes não se expressam.
Como ajudar uma criança que já tem peso excesso de peso a crescer com o peso que lhe corresponde? As crianças com excesso de peso não devem “fazer dietas de emagrecimento”, visto que isto poderia comprometer a sua nutrição e o seu crescimento normal. Nem tão pouco se deve dar mais atenção ao peso do que ao amor ou à aceitação e à apreciação dos talentos e sucessos da criança.


Aprender a comer o certo na medida certa


Os pais devem controlar a alimentação das crianças desde que nascem. Contudo, muitos adultos não percebem em que medida são responsáveis por vários aspectos e significados da alimentação.

Quanto comer? As crianças devem aprender a comer como resposta à fome e deixar de comer quando estão satisfeitas. Os adultos que as incitam repetidamente a comer quando não têm fome, a comer “um pouco mais” ou a “limpar o prato”, ensinam-nas a ignorar a fome e a saciedade como sinais naturais do organismo para comer e parar.
Por outro lado, quando ao acto de comer se imprimem valores, está-se a criar o ambiente propício para os problemas.
Assim, algumas crianças aprendem com os seus avos e pais a associar a comida à aceitação e ao amor.
A quantidade de alimento é um factor importante. Sabe-se que as crianças comem mais quando lhes servem maior quantidade de comida. É melhor servir pequenas quantidades de alimento e dar uma quantidade ainda mais pequena se a criança desejar repetir.

Quando comer? Fazer refeições de forma e com horários regulares é muito importante porque permite que as crianças sintam apetite e aprendam a satisfazê-lo com alimentos saudáveis. Pelo menos, uma refeição familiar por dia já ajuda bastante. Se não se puder estabelecer uma refeição familiar diária, convém organizar uma ou mais durante o fim-de-semana.

Onde comer? É importante que todas as bebidas e alimentos se consumam sentados à mesa, não em frente á televisão ou ao computador. As refeições nos Centros Educativos costumam ter bastante gordura. E cada vez mais os Centros estão equipados com máquinas de refrescos. Os pais devem estar atentos a este facto e controlar os menus dos Centros, e insistir em que façam mudanças positivas para que os seus filhos consumam alimentos saudáveis.

O que comer? Cabe aos pais proporcionar os alimentos e fazer uma escolha razoavelmente saudável. Se a casa estiver a abarrotar de bolachas, chocolates, rebuçados, batatas fritas, refrescos e gelados, é isso que as crianças vão querer. O mais correcto é manter uma provisão regular de fruta, salada de fruta, hortaliça cortada em palitos, cremes para barrar o pão pouco gordos, lácteos meio-gordos, etc.
As crianças aprendem a gostar dos alimentos que se acostumam a comer. A ênfase deve pôr-se nos alimentos saudáveis: fruta, hortaliça, peixe, carnes com pouca gordura, frango sem pele, produtos lácteos com baixo teor de gordura ou desnatados, pães e cereais integrais.
Quando têm sede, é melhor dar-lhes agua, leite ou sumos de frutos naturais do que refrescos ou sumos comerciais.
Não se deve proibir nenhum alimento, excepto por razoes de saúde, como no caso de diabetes ou intolerância ao glúten. Uma guloseima ou um alimento com gordura podem incluir-se de vez em quando, ou mesmo todos os dias, se as quantidades forem razoáveis.
Se um alimento de que a criança gosta, como guloseimas, batatas fritas ou gelado, se proíbe totalmente, mais desejável se torna e a criança pode começar a ingeri-lo sempre que os pais não estejam presentes. Por outro lado, usar estes alimentos como recompensa também espicaça mais o desejo.
Não é conveniente preocupar-se em excesso com a quantidade de bolos, guloseimas, gelado ou refrescos que consome uma criança com excesso de peso numa festa, visto que se trata de ocasiões especiais. Em geral, é pouco sensato proibir alimentos a uma criança esgrimindo a razão do excesso de peso: a restrição conduz sempre ao excesso na oportunidade seguinte.

Menos televisão, mais desporto

Hoje, as crianças fazem cada vez menos actividade física, tanto na escola como fora dela. E por cada hora de exercício físico que realizam, o risco de obesidade diminui em 10%.
É um direito dos pais insistir junto dos Centros Educativos na promoção de mais actividades desportivas. É, também, fundamental restringir as horas que as crianças passam em frente da televisão e do computador, e troca-las pela bicicleta, pelos jogos no parque ou pela prática de algum desporto. Não parece uma boa medida colocar um aparelho de televisão no quarto das crianças, a menos que estas respeitem um cronograma estabelecido pelos pais para ver televisão. Há uma relação directa entre o peso, o aumento de peso e a quantidade de tempo que vêem televisão e jogam com o computador: por cada hora, o risco de obesidade da criança aumenta em 12%.

Por Dr. Alberto E. J. Cormillot, médico, educador para a saúde, escritor, conferencista e comunicador social
Artigo retirado da Revista: Educadores de Infância, nº 30, Novembro, Editora EDIBA

quarta-feira, outubro 24, 2007

O sentido de número e as crianças

Muitos adultos não têm o sentido de número, ou seja, não compreendem o seu significado, a que se referem, tendo simplesmente uma vaga ideia de como são usados. No entanto um dos principais temas da matemática desde o jardim-de-infância até ao oitavo ano de escolaridade deve ser o de desenvolver o sentido de número, incluindo o uso efectivo e a compreensão dos números em aplicações tal como noutros contextos matemáticos.

As pessoas com sentido de número percebem facilmente as relações numéricas e os seus vários significados, sentem-se confortáveis e confiantes com números sabendo usa-los e interpreta-los de modo a fazerem sentido.

É importante que se comece a desenvolver desde cedo (aquando as ideias fundamentais podem ser adquiridas dentro de uma estrutura de utilização e aplicação) o sentido de número, para que as crianças percebam que os números não existem só nos livros e são importantes para fazer cálculos, mas também são utilizados em muitas outras formas que não envolvem o cálculo, como por exemplo a localização, a ordenação, a identificação, a medição e a estimação. É importante que as crianças aprendam a observar e a consciencializar-se de como os números são utilizados.

Como exemplo da utilização de números e do sentido de número na localização, podemos pedir ás crianças para, numa ida a um auditório, se sentarem nos respectivos lugares. Com isto as crianças aperceber-se-ão que os números dos lugares estão ordenados consecutivamente, ou seja, de um lado estava ordenados os números pares e de outros os números impares. Este conceito leva-nos ao conceito de ordenação (os números são utilizados para estabelecer uma certa ordem em muitos lugares e essa ordem está sempre dependente do critério utilizado). Para se explicar este conceito ás crianças poderemos fazer com que o(a) educador(a)/ professor(a) alinhe as crianças por ordem de alturas e depois por ordem alfabética e mostrar-lhes que não ficam pela mesma ordem.

Outro dos conceitos importantes a ensinar para a desenvolver o sentido de número é o conceito de identificação. Os números funcionam também como meios de identificação. Pode-se pedir ás crianças para identificarem o número da porta de sua casa, para escreverem os números de telefone de casa, do pai ou da mãe, o número de dentes que tem, a hora de deitar e levantar, a sua altura e o seu peso, por exemplo. Ao pedirmos á criança a sua altura e o seu peso encontramo-nos já a trabalhar com a acriança o conceito de medição. Outras medidas que as crianças utilizam são as de tempo e de comprimento ou distância.

O sentido do número nas crianças pode mais tarde ser reforçado com experiências de interpretar dos números. É importante que as crianças aprendam a interpretar números logo nos primeiros anos de modo que tenham bases firmes para futuras aprendizagens.
Outro conceito muito importante é o de estimação. Nunca é demasiado cedo para as crianças saberem que a matemática não é sempre exacta e que nem sempre existem respostas certas. Por vezes basta uma simples aproximação dos resultados. Depois do conceito de medição estar desenvolvido, as crianças já estão familiarizadas com o metro, então poderemos perguntar-lhes, por exemplo, se acha que um menino do primeiro ano tem 2 metros. A criança não necessita saber quanto mede a outra criança, mas saberá dizer que não tem dois metros.

Um outro aspecto da estimação é a capacidade para reconhecer quando os números são razoáveis e fazem sentido. O(a) educador(a) deverá ajudar as crianças a pensar sobre as coisas e a perceber que se com, por exemplo, 10 blocos de lego são suficientes para construir uma casa, 100 blocos são suficientes para construir duas casas e uma escola e com 1000 blocos se pode construir uma cidade pequena. Cada alteração na ordem de grandeza do número de blocos torna possível fazer coisas diferentes. As crianças precisam de trabalhar com alterações na ordem de grandeza dos números. O(a) educador(a) deve ajudar as crianças a ver a diferença de utilização entre os números 1, 10, 100, 1000, … e que é a ordem de grandeza do número que determina o seu uso apropriado.

Os resultados do National Assessment of Educational Progress (NAEP) indicam que as capacidades matemáticas se desenvolvem ao longo de um grande período de tempo. Experiências de interpretação de números deveriam ser parte integrante de cada aula de matemática, pois um dos resultados do NAEP indica que a maioria dos alunos fazem os cálculos correctamente mas não sabem como interpretar a resposta. Os (as) educadores(as) nos primeiros níveis de ensino deveriam aproveitar todas as oportunidades para levar as crianças a pensar sobre os números num calculo e na forma como eles devem ser interpretados. O educador deve seleccionar exemplos segundo o nível de sofisticação das crianças de modo que todas as crianças possam ver como é que o mesmo cálculo pode ser aplicado em muitos problemas diferentes.

Nunca é cedo demais para aprender que a natureza do problema determina qual deve ser a interpretação razoável dos resultados.

terça-feira, outubro 23, 2007

A Medicina e a Odontologia Do Sono Com Saliva Artificial e Aparelho Oral

As áreas urbanas modernas crescem caoticamente e é comum devastar as áreas verdes, cortar as árvores, e o não reflorestamento urbano ou das áreas rurais, o que aumenta a poluição e diminui drasticamente a umidade do ar, que agrava as alergias respiratórias obstrutivas crônicas nos seres humanos, sem levar em conta o impacto das indústrias e veículos poluentes, queimadas, etc.

O Ar poluído, Seco, frio, causa grande desconforto devido complicações dos Distúrbios Respiratórios Obstrutivos do Sono, respiração Bucal, rinite crônica, sinusites, bruxismo, roncos, voz rouca, Apnéia Obstrutiva do Sono, depressão pela má oxigenação cerebral e sono não reparador, pesadelos com morte devida obstruções respiratórias, taquicardias e hipertensão noturna e sistêmica.

O Ronco é o som causado pela respiração bucal e a vibração do palato mole e úvula, e quem ronca têm a boca seca e despertar para tomar água o que fragmenta o sono.

A Apnéia Obstrutiva do Sono (SAOS) é causada por colapsos entre a língua e retrofaringe, palato mole e retrofaringe, obstrução respiratória durante o sono, despertares e sono não reparador. O sintoma principal da apnéia obstrutiva do sono é o Ronco habitual noturno associado com períodos de silêncio, obstrução, e sonolência excessiva diurna. A apnéia do sono se manifesta em todas as faixas etárias em ambos os sexos porém é mais comum em homens.

A SAOS causa dessaturação do oxigênio no sangue devido às hipóxias que é a cessação da respiração durante 10 segundos ou mais, por várias vezes por hora durante o sono. A Apnéia Obstrutiva do Sono ocorre em 0,7% a 4% das crianças e pode causar fragmentação da respiração e do sono e déficit de Atenção e Hiperatividade, perda de qualidade de vida e atenção durante o dia, déficit de hormônios de crescimento, fazer xixi na cama, transpiração noturna dificuldade em controlar a temperatura corporal.

A Energia Vital do ser humano é favorecida pela qualidade da respiração, que oxigena as células e propicia sono reparador e melhor qualidade de vida.

Saliva artificial e Aparelho Oral para Ronco Apnéia do Sono

A Saliva artificial lubrifica e protege a mucosa bucal é vendida em farmácia e também manipulada, traz grande conforto para os respiradores bucais, roncadores e apnéicos e diminui os despertares noturnos e insônia. Pode ser usada durante o dia e a noite, pois ar condicionado, o ar com baixa umidade e seco “rouba” umidade da mucosa oral durante a respiração bucal, inflama as mucosas e as cordas vocais, o que pode tornar a voz rouca pela sensação da garganta seca e áspera.

Deve ser usada por 4 vezes ao dia, antes de dormir, e se acordar para tomar água e depois usar jatos de saliva artificial, que sozinha ou em conjunto com o aparelho oral amenizará os efeitos da garganta seca.

A Saliva artificial junto ao aparelho oral de Albertini que estimula a respiração nasal durante o sono, e mantêm a musculatura na posição de descanso e lábios vedados, assim como preservando e ampliando os espaços respiratórios e recolocar o aparelho oral devido à má posição lingual.

Albertini; Reimão (2002) O aparelho Oral com estímulo exteroceptivo de Laura, forma uma válvula lingual e estimula o fluxo pela passagem aérea nasofaringe junto aos tratamentos médicos da obstrução nasal.

Pediatras, otorrinolaringologistas, homeopatas, neurologistas, psiquiatras, psicólogos, neuropsicólogos, fonoaudiólogos, educadores, odontopediatras, precisam observar as atresias dos maxilares, respiração bucal e sonolência diurna e suspeitar dos distúrbios obstrutivos do sono, encaminhar ao dentista para ortopedia funcional dos maxilares, evitar extrações e apinhamentos dentais.

Prevenir é indicar precocemente ao dentista do respirador oral e sono, para adequar a língua, a válvula lingual dentro do vazio dos maxilares e se preciso expandi-los, com intuito de melhorar a respiração nasal e preservar a umidade bucal para proteger as mucosas do ar seco. Inflamações crônicas da garganta, amídalas, língua, palato mole, úvula retrofaringe aumenta o volume das mucosas em 30% devido fluido inflamatório.

A intervenção Odontológica vem sendo de grande interesse multidisciplinar aos médicos que tratam pacientes com distúrbios obstrutivos respiratórios do Sono. Os Dispositivos de Albertini, de Planas, Simões, Maurício, podem ser utilizados para prevenção e tratamento do Bruxismo, atresias dos maxilares, respirador bucal, Ronco e Síndrome da Apnéia Obstrutiva do Sono.

A telerradiografia norma lateral, antes e depois com traçado de Macnamara mostra e mede as mucosas intraorais como palato mole, língua, e Albertini estimula a postura da ponta lingual relacionando-se com a papila incisiva, preservando o espaço vazio na naso-oro-faringe desinflamando-o apenas com a respiração nasal e umidade oral.

Paciente tratada por Albertini *Antes: Fig I






Depois Fig.2

Neste caso, paciente BF sexo feminino, 70 anos de idade usou aparelho oral de Albertini com estimulo exteroceptor de Laura que estimula a respiração nasal e desinflamação das mucosas intraorais, saliva artificial para tratamento da cefaléia ligada Articulação temporo mandibular, insônia.

As áreas Obstrutivas e inflamadas:Classificação modificada das VAS, com base na estrutura anatômica. Tipo I (faríngea superior) inclui palato, úvula e tonsilas; tipo II (combinado); tipo III (base de língua, supraglote e hipofaringe. B. Tucker Woodson, MD .


Bibliografia:

Albertini, Reimão.Avanços em Medicina do Sono; Reimão org; edit APM; 349-60; 2001.

Enlow. Crescimento Facial, 3a.ed.; edit. Artes Médicas, 554 págs.;1993.

Planas. Reabilitação Neuroclusal; 2a.ed. edit. MEDSI; 355 págs.;1987.

Simões, Wilma A; Ortopedia Funcional dos maxilares, 3ª ed. Artes Medicas; 2003.

Woodson; in Ronco e Apnéia do Sono org José A.Pinto; cap.7;Reinventer;2000.


Artigo gentilmente fornecido ao Blog do Conhecimento por Drª Rosana Albertini

Distúrbios Alimentares

O termo distúrbios alimentares refere-se a distúrbios psicológicos caracterizados por graves anomalias no comportamento de ingestão. Os mais conhecidos são a anorexia e a bulimia nervosas (Raich, 2001). De acordo com Department of Health and Human Services, estes distúrbios envolvem sérias perturbações no comportamento de ingestão tais como extrema redução de ingestão ou sobre ingestão severa associadas a sentimentos de stress e preocupação excessiva sobre forma corporal e peso.
Muitas pessoas preocupam-se acerca de quanto e o que comem de tal forma que certos indivíduos têm uma preocupação mórbida acerca da sua imagem corporal e avaliam-se de acordo com a sua magreza (Bouça, Sampaio, 2002). Esta forma de ameaça de morte psicopatológica deve ser distinguida de outras causas de perda de apetite e de peso (Cameron, Bloyde e Davis, 2004).
Este tipo de distúrbios afecta muito mais as mulheres (especialmente jovens) de que os homens; são mais frequentes em sociedades onde há abundância de comida e cuja cultura enfatiza a magreza (Raich, 2001; Department of Health and Human Services) e cujo estilo de vida enfatiza o sedentarismo (Wilhelm e Clarke, data).
Estes distúrbios podem associar-se com psicopatologias graves (tais como depressão, abuso de substâncias e perturbações de ansiedade) e interferir no funcionamento normal da vida a nível laborar, social e de estudo (Raich, 2001; Department of Health and Human Services).
Estes problemas geralmente apresentam as suas primeiras manifestações na infância e na adolescência e podem ser divididos, de acordo com Appolinário e Claudino (2000), em dois grupos: os que ocorrem precocemente na infância e que representam alterações da relação da criança com a alimentação e os que aparecm mais tardiamente onde se enquadram os transtornos propriamente ditos, mormente a anorexia e a bulimia nervosas.
As pessoas que padecem deste tipo de desordem geralmente experimentam um vasto leque de complicações físicas das quais são exemplo problemas cardíacos, lanugo e osteoporose. As complicações físicas inerentes a estas doenças podem levar à morte (Bouça e Sampaio, 2002).
As doenças do comportamento alimentar são as terceiras mais comuns entre as raparigas adolescentes, a seguir à asma e obesidade, segundo Wilhelm e Clarke (data) e, muito frequentemente, não são consideradas como um problema pelo paciente. Estes mesmos autores referem que os distúrbios do comportamento alimentar englobam os que fazem dieta, que recusam comer mesmo quando têm fome, e aquelas que comem mesmo quando não têm fome.
A adolescência envolve um leque de desenvolvimentos que têm um impacto no comportamento alimentar, como sejam a puberdade, a mudança da forma corporale novos sentimentos sexuais (Wilhelm e Clarke, data). A puberdade está associada com um ganho de peso considerável e esta alteração ocorre num contexto cultural que exalta um ideal de beleza feminino de magreza extrema (Johnson, Roberts e Worell, 1999).
Os ideais de magreza aceites socialmente e perpetuados pelos media fornecem uma representação distorcida do auto-controlo, magreza e da atractividade física. As jovens experienciam, desta forma, stress relacionado com as expectativas sociais, a que também os rapazes não são alheios (Wilhelm e Clarke, data; Saikali, Soubhia, Scalfaro e Cordas, 2004; Levine, Smolak Hayden, 1994).
Wilhelm e Clarke (data) referem como factores de risco para desenvolver uma perturbação alimentar: ser do sexo feminino, ter vulnerabilidade genética, história familiar de perturbação psiquiátrica, obesidade pré-mórbida, estilo perfeccionista e um pouco obsessivo, família e sistemas sociais disfuncionais, perturbação obsessivo-compulsivo, personalidade borderline e história prévia de abuso sexual. Os precipitantes poderão ser comentários sobre a forma corporal ou diminuição da auto-estima. Hewitt, Flett e Ediger (1995) referem que o perfeccionismo pode contribuir para a emergência de uma perturbação da alimentação uma vez que transformando uma imperfeição normal em algo mais traumático ou fazendo com que se avalie um corpo normal como um sinal de imperfeição.
As mulheres podem encarar o comer como uma estratégia de coping para com sentimentos desconfortáveis e Hooker e Convisser (1983) referem algumas das razões explicativas: evitar assuntos difíceis escapando da realidade, para se acalmarem e relaxarem ou se sentirem confortadas, para alívio do sentimento de vazio, para proscrastinar evitar outras responsabilidades, para preecher um vazio, para se sentirem enérgicas, punidas ou recompensadas.
De acordo com Bouça e Sampaio (2002), as doenças do comportamento alimentar devem ser entendidas como doenças que reflectem a confluência entre psicológico individual, determinantes biológicos e factores sócio-culturais devendo, para tal, ser abordadas numa perspectiva multidimensional.
Segundo Cameron, Bloyde e Davis (2004), várias são as complicações médicas causadas pelas perturbações alimentares nomeadamente pelo vómito e pela sub ingestão alimentar.
O vómito pode provocar erosão permanente do esmalte dos dentes e cáries dentárias, alargamento das glândulas salivares, especialmente das parótidas, calos nas costas das mãos devido a trauma repetido causado pelos dentes na indução do vómito (sinal de Russell), roturas esofágicas e gástricas, sérios problemas cardíacos e esqueléticos e cardiopatias provocadas pelo uso regular de xarope de ipecacuanha. Testes laboratoriais demonstram, nestes pacientes, a presença de hipocalemia, alcalose hipoclorémica, hiponatremia, hipomagnesamia e de elevados níveis de serum amilase (Cameron, Bloyde e Davis, 2004). É ainda referido a presença de anemia, , hipoglicémia,
A sub ingestão alimentar provoca: emagrecimento, amenorreia, infertilidade, atrofia do sistema reprodutivo, obstipação, dor abdominal, intolerância ao frio, letargia, bradicardia, hipotensão, arritmias cardíacas, falhas cardíacas, lanugo, edema periférico, miopatia proximal, perda de tecido muscular, osteoporose, fracturas ósseas, crises, enfraquecimento cognitivo e depressão. Testes laboratoriais demonstram funções vitais anormais, desidratação, diminuição de cortisol e da hormona de crescimento, T3, FSH e LH reduzidos, hipercolesterolemia, hipoglicémia, hipercarotemia, anemia normocitica e leucopenia (Cameron, Bloyde e Davis, 2004).

Bibliografia

Appolinário, J.C. & Claudino, A.M. (2000). Transtornos Alimentares. Revista Brasileira Psiquiátrica, 22: 28-31.

Bouça, D. & Sampaio, D. (2002). Avaliação Clínica nas Doenças do Comportamento Alimentar. Revista Portuguesa de Psicossomática, 4: 121-133.

Cameron, A., Bloyde, D. e Davis, S. (2004). Psychiatry. 2ª edição. Espanha: Elsevier Science Limited.


Hewitt, P. L., Flett, G. L. & Ediger, E. (1995). Perfectionism traits and perfectionistic self-presentation in eating disorder attitudes, characteristics, and symptoms. International Journal of Eating Disorders, 18: 317-326.

Hooker, D. & Convisser, E. (1983). Women's eating problems: An analysis of a coping mechanism. Personnel and Guidance Journal, 236-239.

Johnson, N., Roberts, M. e Worell, J. (1999). Body image concerns and disordered eating in adolescencent girls: risk and protective factores. In Striegel-Moore, R.H. & Cachelin, F.M. Beyond Apperance. A New Look at Adolescence Girls. USA: APA.

Levine, M. P., Smolak, L. & Hayden, J. (1994). The relation of sociocultural factors to eating attitudes and behaviours among middle school girls. Journal of Early Adolescence, 14: 471-490

Raich, R.M. (2001). Anorexia e Bulimia. Amadora: McGraw Hill.


Saikali, C.J., Soubhia, C.S., Scalfaro, B.M. e Cordas, T.A. (2004). Imagem Corporal nos Transtornos Alimentares. Revista de Psiquiatria Clínica. 31 (4); 164-166.

Wilhelm, K.A. & Clarke, S.D. (data). Eating Disorders from a primary Care Perspective. MJA Practice Essencials, Mental Health.

sábado, outubro 20, 2007

O DESPORTO E AS BASES DE UMA SOCIEDADE EVOLUIDA

Como primeiro post, decidi partilhar uma ideia muito pessoal, como vejo as sociedades modernas, as suas prioridades e como o desporto, na minha opinião, pode estar ligado directamente com as suas linhas de desenvolvimento.


O desporto moderno, basicamente como o conhecemos hoje foi “inventado”, em Inglaterra, e começou a aparecer nos seus colégios, algures no Séc. XVIII.

No séc. XVIII, na Inglaterra, principalmente nos seus colégios onde já estava praticamente implantado o Capitalismo, pela ideologia capitalista, ordem, racionalismo, competição e a iniciativa individual, foi desenvolvido um formato inédito para os jogos populares da altura, surgem então, os campeonatos entre as escolas, os clubes e federações, assim surge a competição moderna!


Ordem, racionalismo, competitividade e iniciativa individual…

Estes atributos descrevem um atleta de sucesso ou um profissional de sucesso?

O mais certo é descrever os dois.

Desde jovem, qualquer desportista tem monitores e treinadores que lhe incutem (ou deveriam incutir), ordem, racionalismo, competitividade e iniciativa individual, bem como outros valores muito importantes, ética, trabalho em equipa e responsabilidade, atributos estes que são importantes para qualquer cidadão viver com equilíbrio na sociedade em que se insere e ao mesmo tempo ser dinâmico e contribuir para o seu crescimento.


É um facto: a sociedade que tiver os melhores profissionais (Professores, Médicos, Eng.º s, Advogados, economistas, etc. …) tem a capacidade de evoluir mais rapidamente que as demais.

Embora não seja implícito (e não acontece sempre), um jovem desportista que siga todas as suas etapas, tem grandes condições para vir a ser um excelente profissional.


O crescimento económico e social Espanhol.

Na década de 80, Espanha economicamente estava ao nível de Portugal, não se notava grande diferença no nível social entre países vizinhos.

Desde então ultrapassou Portugal e actualmente é uma super potência europeia e mundial.

Mas o que aconteceu no final da década de 80 em Espanha? O que os capitulou para tais avanços económicos e sociais?


Quando Espanha recebe a noticia que em 9 de Agosto de 1992, Barcelona iria ser o palco dos Jogos Olímpicos, a sua politica e organização desportiva foi totalmente revista e reestruturada, um projecto a longo prazo começou então a ser construído, onde tudo começava na formação pessoal e desportiva dos jovens que entravam para as escolas.

Essa organização revolucionou os horários escolares, clubes de praticantes, federações, associações, infra-estruturas, etc. etc.


Actualmente o sucesso desportivo Espanhol é incontestável em todas as principais modalidades e a acompanhar esse sucesso esteve sempre o sucesso politico, económico e social do próprio país, não acho que seja coincidência, acho que é um facto e uma verdade, em Espanha como também em Inglaterra, EUA, etc., onde por exemplo, existem bolsas de estudo para os desportistas e onde o desporto pode decidir a colocação em faculdades, nesses países o desporto é uma das bases principais para o desenvolvimento cívico e económico, e os resultados estão à vista, infelizmente em Portugal ainda não é.

quarta-feira, outubro 17, 2007

Visão Sobre Alzheimer

 

Decorria o ano de 1901 quando o psiquiatra e neuropatologista alemão Aloysius "Alois" Alzheimer (Marktbreit, 14 de Junho de 1864 - Breslau, 19 de Dezembro de 1915), identificou pela primeira vez um tipo de demência que seria posteriormente baptizada, por Emil Kraepelin, como Doença de Alzheimer - DA.

A DA é comummente considerada como uma doença neurodegenerativa que, na sua forma mais comum, incide na população com faixa etária superior a 65 anos. Estima-se que, dos cerca de 24 milhões de pessoas que padecem de demência, aproximadamente 60% possuem Alzheimer.  

Segundo Smith (1999), a DA é considerada a quarta causa de morte na população idosa em países como os E.U.A e a Inglaterra, onde a esperança média de vida tem vindo a aumentar. 

Com a crescente prevalência da DA na população idosa, será interessante compreender o que é afinal esta doença. Assim, grosso modo, a DA caracteriza-se por uma deterioração cognitiva progressiva, pressupondo uma perda acentuada de faculdades em áreas como a memória, o raciocínio, o julgamento e a linguagem, entre outras, importantes na realização efectiva das actividades do dia-a-dia, e que na maioria da vezes conduz à total incapacidade do paciente. 

Assim, a progressão da doença, compreende geralmente 3 fases: 

- Num primeiro momento a pessoa parece confusa e distraída, deixando diversas vezes pensamentos por terminar ou demorando excessivamente na escolha das palavras usadas. O  paciente manifesta também de forma frequente, amnésia para acontecimentos e conversas recentes, embora recorde claramente o passado mais distante.
- Numa fase intermédia a pessoa começa a requerer mais ajuda, tornando-se mais dependente, podendo em alguns casos não reconhecer membros da família, perder-se em locais conhecidos ou esquecer-se de realizar coisas rotineiras como vestir-se e tomar banho.

- Numa etapa final, o paciente poderá perder completamente a memória, o raciocínio, e o julgamento, tornando-se depende em todas as áreas da sua vida.

Abordando o aparecimento da doença, Smith (1999) revela que a DA pode surgir através de um início insidioso (geralmente por volta dos 40 anos de idade) ou mediante um início esporádico (normalmente a partir dos 65 anos de idade) sendo, no entanto, diagnosticadas de forma semelhante independentemente do seu início.  O percurso é irreversível e poderá durar entre 5 a 10 anos, reduzindo, geralmente, em 50% a esperança de vida do sujeito.

A investigação sugere diversos factores que poderão estar implicados na génese da doença. Entre estes, os mais enfatizados são os factores genéticos como determinantes na DA, embora não através de factores hereditários, i.e., não transmissíveis de geração em geração, como postulado na Enciclopédia de Saúde (2005). Outros agentes etiológicos são também mencionados por Smith (1999), nomeadamente a "toxicidade a agentes infecciosos, ao alumínio, a radicais livres de oxigénio, a aminoácidos neurotóxicos e a ocorrência de danos em microtúbulos e proteínas associadas" (p. 4).

Actualmente, e observando um artigo publicado na revista "Nature" em 14 de Outubro de 2007, uma equipa dirigida pelo neurocientista Tony Wyss-Coray, da "Stanford University School of Medicine" - Califórnia, revela que a utilização conjunta de marcadores biológicos presentes no sangue - num total de 18 proteínas - poderá possibilitar o diagnóstico da DA através de um simples teste sanguíneo (para ler o artigo clique aqui - versão paga).

Esta nova possibilidade sugerida pela equipa de investigadores poderá representar importantes avanços ao nível do tratamento, na medida que permitirá um diagnóstico precoce que poderá traduzir-se num combate mais eficaz e eficiente à doença.  Actualmente o tratamento centra-se essencialmente no retardamento da evolução da doença, promovendo, tanto quanto possível, uma maior qualidade de vida para o paciente e sua família.  Para o concretizar recorre-se frequentemente ao tratamento farmacológico (e.g. medicamentos que inibam a acção da enzima que degrada a acetilcolina - mais informação aqui), para além de outro tipo de tratamento, mais comportamental, que se pode traduzir, p.e. na elaboração de um plano por parte de diversos profissionais de saúde (e.g. Psicólogo Clínico) que englobe, para além dos cuidados, uma terapia ocupacional, fisioterapia, nutrição, psicoterapia familiar e modificações ambientais para o paciente e respectiva família, como revela Vieira (2005).

Ao nível da prevenção, a APFADA (Associação Portuguesa de Familiares e Amigos de Doentes de Alzheimer) elaborou uma lista de dez sinais de alerta ou sintomas comuns da doença (ver aqui).

Consulta Bibliográfica:

Hayden, E. C. (2007). Blood Proteins May Diagnose Alzheimer's. retirado de http://www.nature.com/news/2007/071014/full/news.2007.162.html em 15 de Outubro de 2007

Forlenza, O. V. (2000). Transtornos Depressivos na Doença de Alzheimer: diagnóstico e tratamento. Psiquiatr, 22, 2, 87-95.

Smith, M. C. (1999). Doença de Alzheimer. Psiquiatr, 21, 3-7.

Vieira, C. P. (2005). Mal de Alzheimer. AMAGIS, 32, 2, 4-5.

Portal da Saúde. (2005). O que é a doença de Alzheimer. Ministério da Saúde

Delagarza, V.W. (2003). Pharmacologic Treatment of Alzheimer's Disease: An Update. American Family Physician, 68, 7, 1365-1372.

Graff-Radford, N.R. (2000). Alzheimer's Disease. Jacksonville Medicine

Wikipédia

terça-feira, outubro 09, 2007

Elaboração de um Curriculum Vitae

Com a rotatividade actual do mercado de emprego em Portugal, torna-se cada vez mais premente que, além de uma formação abrangente (e ao mesmo tempo especializada), os trabalhadores se vejam munidos de uma ferramenta capaz de demonstrar claramente as suas competências e experiência: o seu currículo - Curriculum Vitae.

A elaboração de um currículo pode ser um processo de alguma subjectividade e mesmo criatividade, desde que apresente elementos estritamente necessários, tais como:
  • Dados Biográficos
  • Percurso Académico
  • Experiência Profissional
  • Formação Complementar
  • Domínio de Línguas
  • Domínio de Sistemas Informáticos
  • Outras informações que o candidado considere relevantes (hobbies, experiências de vida, entre outros).
No entanto, de modo a evitar-se a total subjectividade no preenchimento de currículos (factor que pode dificultar o trabalho do profissional de Recursos Humanos quando em fase de comparação de candidatos) tem-se assistido a uma cada vez maior adesão ao Currículo no Modelo Europeu, o qual podem retirar o template neste LINK

De modo a se proceder ao preenchimento deste tipo de currículo basta seguir as instruções do lado esquerdo do documento e efectuar alterações quando necessárias.
Sempre que se demonstre ser necessário a inclusão de mais Experiência Profissional basta adicionar mais linhas que vão desde o campo Data até Tipo de Empresa ou Sector. Este raciocínio pode ser aplicado em qualquer outra zona do documento.
Outra das novidades deste tipo de currículo relaciona-se com a classificação do domínio das línguas segundo o Nível Do Quadro Europeu Comum de Referência, que pode ser encontrado neste LINK.

Existem vários aspectos a ter em conta na elaboração de currículos, tais como:

  • Seja totalmente sincero (é possível descobrir as suas lacunas num processo de entrevista)
  • Não apresente apenas as suas características mas faça-as acompanhar de situações onde estas se revelaram ou foram adquiridas.
  • Evite ao máximo informação irrelevante ou redundante.
  • Seja criativo na exposição de situações que pense serem relevantes para a sua "distinção".
  • Procure pormenores na sua vida (organização de eventos, tarefas levadas a cabo, etc) que possam demonstrar aspectos como autonomia, liderança, criatividade, etc.
De uma forma muito geral esta exposição demonstra ao leitor como elaborar o seu currículo.
Não se esqueça de, quando finalizado, o rever várias vezes à procura de erros ortográficos ou de qualquer outra ordem. Quando acabar esse processo mostre-o aos seus amigos ou pessoas mais próximas para eles próprios reverem e fazerem uma análise crítica.
Encontra-se agora pronto para o enviar e boa sorte.

quarta-feira, outubro 03, 2007

Apnéia Do Sono

Apnéia do Sono:


Trata-se de uma perturbação grave e muito comum que, em alguns casos, pode causar a morte, sendo que é, em senso comum, muitas vezes, confundida com o denominado "ressonar".
Caracteriza-se como uma perturbação respiratória na qual ocorrem várias interrupções respiratórias durante o sono.

Apnéia deriva do grego “apnea” que significa “falta de respiração”.

Podemos identificar dois tipos principais de apnéia:

  • Apnéia central
  • Apnéia Obstrutiva

A Apnéia Central é a menos comum e ocorre quando o cérebro inibe o envio dos sinais específicos aos músculos respiratórios, ocorrendo assim uma falha na respiração.

A Apnéia Obstrutiva é a mais comum na população, ocorrendo na existência de uma obstrução na garganta, obstruindo a entrada e saída de oxigénio, forçando o indivíduo a uma respiração mais cansativa.

Durante uma noite normativa o individuo que padece de Apnéia do Sono sofre em média 30 ou mais interrupções respiratórias sendo acompanhadas regularmente de roncos, não havendo, no entanto relação directa já que nem todos os indivíduos que roncam possuem essa doença.

Possíveis Causas Da Apnéia Do Sono:
  • Em alguns indivíduos, o relaxamento dos músculos da garganta e da língua bloqueiam parcialmente a via respiratória, tornando a respiração mais ruidosa e difícil.
  • Em pessoas obesas, a existência excessiva de tecido adiposo na via respiratória provoca dificuldades respiratórias.

sexta-feira, setembro 28, 2007

Défice de Atenção e Hiperactividade

A síndroma de Défice de Atenção e Hiperactividade pode ocorrer em 3% a 20% das crianças em idade escolar, sendo os rapazes 4 a 9 vezes mais afectados que as raparigas. Actualmente, a maior exigência e as elevadas expectativas no desempenho escolar levam a um maior número de diagnósticos.
As manifestações clínicas da síndroma de Défice de Atenção e Hiperactividade podem ser muito precoces, mas é na escola que as alterações da atenção e a excessiva actividade das crianças afectadas constituem um problema sério.

Nas crianças com Défice de Atenção e Hiperactividade as alterações do comportamento são a falta de atenção, a hiperactividade e a impulsividade.
A falta de atenção manifesta-se pela incapacidade de as crianças se manterem atentas. As crianças evitam tarefas que requeiram concentração, distraem-se facilmente e parecem não escutar. A dificuldade de concentração está sempre presente nesta síndroma.
A hiperactividade resulta na impossibilidade do controlo da actividade e dos impulsos em situações em que o controlo é fundamental, nomeadamente na escola. Perturbam as aulas, respondem antes de ser completada a pergunta, interrompem os colegas, não aguardam a sua vez, mudam constantemente de actividade evitando actividades que exijam um esforço mental continuado, não prestam atenção a detalhes, não terminam o que começam, perdem coisas importantes, não se lembram de sua refeição da manhã e não se mantêm sentados remexendo as mãos e os pés quando sentados. A hiperactividade é a principal característica desta síndroma que, quando associada à impulsividade é particularmente problemática, levando por vezes a acidentes pessoais.
As crianças com Défice de Atenção e Hiperactividade são geralmente desorganizadas, desajeitadas, sem habilidade para o desporto, com um aproveitamento escolar irregular e pouco sociais, o que leva a uma baixa auto-estima.

A causa desta perturbação neurocomportamental ainda não é conhecida. Vários estudos, no entanto, apontam para uma base genética pois há maior risco de incidência em irmãos e é frequente existir um familiar próximo também afectado, geralmente o pai, nas famílias de crianças com este diagnóstico. Poderá surgir também devido a problemas durante a gravidez ou no parto.
O diagnóstico é essencialmente clínico e baseado em critérios comportamentais. Os sintomas descritos – falta de atenção, hiperactividade e impulsividade - devem existir há mais de seis meses, ter-se iniciado antes dos sete anos de idade e manifestar-se em diferentes circunstâncias, nomeadamente em casa e na escola. O termo hiperactividade tem sido popularizado e muitas crianças rotuladas erradamente. É preciso cuidado ao se caracterizar uma criança como portadora de Défice de atenção ou hiperactividade. Somente um médico (preferencialmente psiquiatra) ou psicólogo especializados podem confirmar a suspeita de outros especialistas como por exemplo os educadores das crianças.
É sempre necessário verificar se existem doenças associadas, nomeadamente da visão e da audição. Para estabelecer o diagnóstico devem ainda ser excluídas questões relacionadas com a idade e o sexo e ainda com as características temperamentais da criança.
Após o diagnóstico são necessários o esclarecimento e aconselhamento adequado da criança, dos pais e dos professores. É fundamental que todos entendam esta alteração de comportamento como um problema de saúde da criança e não como um problema de disciplina. Esta atitude é o passo mais importante para uma evolução favorável. Em casa e na escola todos devem assumir uma atitude positiva valorizando os comportamentos adequados e evitando as críticas sistemáticas.

Na sala de aula o aluno deve estar na primeira fila, deve ser reduzido o número de alunos da turma e deve ser proporcionado apoio educativo individualizado. Devem adaptar-se as actividades escolares ao tempo de concentração do aluno, incentivando-o a participar nas tarefas escolares.

Existe benefício na utilização de medicação na melhoria da atenção e na redução da hiperactividade e impulsividade. No entanto a medicação nunca é a primeira opção de tratamento, devendo ser sempre usada em associação com as alterações da rotina escolar, da estrutura das aulas e da atitude perante a criança, evitando o stress e promovendo a auto-estima.

Os objectivos do tratamento das crianças com Défice de Atenção e Hiperactividade são a melhoria da aprendizagem e do rendimento escolar. A evolução é habitualmente favorável quando a criança é bem acompanhada e apoiada.

domingo, setembro 16, 2007

Recrutamento

Depois de um interregno algo longo na actualização deste blog chegou o momento de lhe fornecer uma nova vitalidade e continuação.
Para tal o Blog Do Conhecimento encontra-se neste momento a aceitar propostas de voluntariado de especialistas de qualquer área de especialização que cumpram os seguintes requisitos:
  • gosto e curiosidade pelo conhecimento e sua inerente partilha
  • posição crítica, rigorosa e devidamente fundamentada acerca dos assuntos de interesse
  • disponibilidade para escrever, no mínimo, 2 artigos por mês
  • Conhecimentos mínimos da funcionalidade do serviço Blogger
Se quiser fazer parte desta equipa, contacte-nos para o mail luisfrpereira@netvisao.pt com alguns dados sobre si.
Esperamos pelas vossas respostas e que o conhecimento vos acompanhe.