Nos Estados Unidos, fuma-se mais de um bilião de cigarros por dia. Para lhe dar uma ideia, se pegassemos nesses cigarros e os alinhássemos ponta a ponta, daríamos quase duas vezes a volta ao planeta Terra... E estamos apenas a falar de um dia, unicamente nos Estados Unidos.
Fico sempre espantado ao saber que existem ainda especialistas do foro clínico que põem em dúvida os riscos do tabagismo para a saúde. Os números mostram que uma pessoa que fuma mais de um maço de cigarros por dia tem 500% mais de probabilidade de sofrer de uma crise cardíaca do que aquela que não fuma. Mesmo as pessoas que apenas fumam entre um e quatro cigarros por dia, correm duas vezes mais riscos de estarem sujeitas a uma crise cardíaca ( Segundo Julien, R. M. (1992). A primer of drug action, 6ª edição, Nova Iorque, Freeman ).
Todos os dias, nos Estados Unidos, morrem em média 1232 pessoas por causa do cigarro. Assim, 450 000 mortes por ano são atribuíveis ao tabagismo, das quais 110 000 são causadas por cancro dos pulmões e 200 000 por perturbações cardiovasculares. Os 56 milhões de fumadores americanos são responsáveis por 60 biliões de dólares por ano em custos com a saúde e em perdas sociais.
Calcula-se que cada cigarro fumado diminua a esperança de vida em 14 minutos. Por outras palavras, um homem de 40 anos que fuma dois maços de cigarros por dia terá encurtado a sua esperança de vida em cerca de oito anos..
Mas o fumo do cigarro não afecta, infelizmente, apenas os fumadores. Em 1988, mais de 3825 americanos morreram com um cancro do pulmão causado pelo fumo dos outros. Aliás, o pior efeito do cigarro relaciona-se sem dúvida com os fetos. Em 1988, 2552 mortes de crianças são atribuíveis ao facto de que as respectivas mães fumavam. Sabemos que o cigarro aumenta a taxa de abortos espontâneos, de nascimentos prematuros e de mortes pós natais.
Hoje não resta dúvida de que o fumo do cigarro atravessa a placenta. Pelo facto de o monóxido de carbono contido no fumo reduzir o oxigénio, os fetos têm um fornecimento reduzido de oxigénio, o que a longo prazo pode levar a problemas físicos e intelectuais irreversíveis.
Chabot, Daniel (2001). A Magia do Prazer, 1ª Edição, Editora Pergaminho, 2001, Lisboa, Portugal
2 comentários:
É a primeira vez que visito o vosso blog e pelo que li vou ser um visitante regular.
Não ponho em dúvida os malifícios do tabaco. Somos alvo, porque também sou fumador, diariamente de campanhas anti tabagismo, e excluidos socialmente cada vez mais por ordem dos governos, contudo, o tabaco continua a ser uma fonte de receita para os países probidores como o nosso. É um paradoxo não é?
Com a indústria química tão desenvolvida, não seria possível recriar um cigarro que consolasse o fumador, sem o prejudicar a ele e a terceiros? Eu era o primeiro a aderir.
Um abraço. Augusto
Eu odeio fumaça de cigarro dos outros na minha cara. Odeio bêbados também. Não suporto os viciados em antidepressivos e ansiolíticos. Tem muita gente que tomas estes troços sem sofrerem de doença depressiva. São uns fracotes e os psiquiatras fazem muito bem em mandar ver 5 ou 6 pílulas por dia. Eles escolheram isto.
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