terça-feira, janeiro 18, 2005

Osteoporose

A Osteoporose é a doença óssea metabólica mais frequente. Consiste num estado de diminuição da massa óssea por unidade de volume (densidade) do osso normalmente mineralizado

Como se desenvolve a Osteoporose?

O osso vivo nunca está metabolicamente em repouso, remodelando-se e reajustando o seu depósito mineral ao longo das linhas de tensão mecânica.
Quando há alterações no equilíbrio entre a formação e destruição óssea, verificam-se anomalias qualitativas e quantitativas no osso que comprometem a sua resistência e aumentam o risco de fracturas.




Classificação:

- Osteoporose pós-menopausa (as mulheres sofrem uma queda intensa de estrogénios circulantes quando atingem a menopausa, provocando grandes alterações na remodelação óssea).
- Osteoporose senil (processo lento de perda de massa óssea relacionada com a idade)
- Osteoporose idiopática (rara):

Juvenil – manifesta-se no final da infância ou no início da adolescência e caracteriza-se por uma fragilidade do esqueleto axial. Pode haver uma remissão espontânea da doença, mas os doentes não conseguem desenvolver uma massa óssea normal na idade adulta.
Adulto – atinge preferencialmente os homens de meia-idade.

Factores de Risco:

A massa óssea do adulto (quando é atingida a maturidade óssea) reflecte a acumulação de tecido ósseo ocorrido durante o crescimento. Parece chegar ao limite máximo por volta dos 17 anos de idade, podendo estender-se até aos 30 anos.
Existem factores predisponentes da osteoporose que induzem a um baixo pico de massa óssea ou que são responsáveis por perda excessiva ou baixa produção.

Raça e Hereditariedade

A incidência da osteoporose varia segundo a raça. Os negros têm maior densidade de massa óssea que os caucasianos e os orientais.
Embora ainda mal compreendida, a capacidade de formar, destruir e manter tecido ósseo está dependente de factores genéticos.

Nutrição

Um suprimento de cálcio adequado, assim como de proteínas e vitamina C, é muito importante não só para manter, mas também para a aquisição da massa óssea normal.
As necessidades de cálcio aumentam com a idade, pelo que é imprescindível aumentar a ingestão de cálcio durante a vida.
O alcoolismo e a anorexia nervosa são também factores predisponentes da osteoporose.

Endócrinos

Alterações endócrinas e metabólicas influenciam o desenvolvimento da osteoporose.

Actividade Física

A tensão mecânica do peso do corpo constitui o principal factor exógeno que actua sobre o desenvolvimento e remodelação óssea. Um indivíduo sedentário tem um risco acrescido de se tornar osteoporótico, que outro que mantenha uma vida activa e pratique regularmente exercícios que envolvam o suporte do próprio corpo – só o movimento não protege, é necessário carga.
Os astronautas quando no espaço, têm perdas substanciais de massa esquelética e muscular, apesar de praticarem actividade física intensa, isto porque os seus corpos não estão submetidos à tensão mecânica do peso do corpo dada pela gravidade.

Imobilização

A imobilização de um membro (gesso, ortótese ou tala) e o repouso prolongado são causas frequentes de osteoporose. Nas lesões medulares (paraplegia e tetraplegia) a perda de massa óssea é rápida e acentuada.

Medicamentosos

Muitos dos hormónios naturais usados na farmacologia podem causar alterações do metabolismo ósseo.
Por exemplo, a administração prolongada de heparina (que é utilizado no tratamento de tromboses) pode contribuir para uma osteopénia.

Outras Causas

Doenças Crónicas (artrite reumatóide, cirrose, sarcoidose, acidose tubular renal).
Tumores da medula óssea (mieloma, linfoma, leucemia, mastocitose).
Tabagismo (associado a outros factores).

Sintomas

O sintoma clínico mais comum é a dorsalgia causada por uma fractura por compressão do corpo vertebral.No entanto a fractura do colo do fémur ou da extremidade distal do rádio, como consequência de traumatismo ligeiro ou por vezes sem traumatismo, é o primeiro sintoma da doença, nas formas mais graves.







Tratamento

- Prevenção - manutenção da massa óssea e da sua integridade.
- Tratamento da doença e suas sequelas

(a prevenção é mais eficaz que o tratamento)

PREVENÇÃO

- Alcançar a máxima densidade óssea, geneticamente possível, antes da maturidade óssea:
Nutrição correcta;
Actividade física adequada a cada indivíduo;
Redução dos factores de risco (álcool, tabaco, imobilização, ...)
- Continuar na idade adulta com esses hábitos
- Aumentar a ingestão de cálcio durante a vida
- Administração de estrógeneos ou calcitonina na menopausa, em doentes de risco.

TRATAMENTO (Princípios gerais da intervenção do Fisioterapeuta)

- Alívio da dor.
- Suporte mecânico para a coluna (ortótese), se necessário (não agravamento da cifose ou para estabilização da coluna no caso de fractura).
- Exercícios respiratórios (pode haver alguma insuficiência respiratória causada nos doentes com cifoses acentuadas).
- Programa de exercícios activos ou activo resistidos, se possível, adaptado a cada doente. Tem como objectivo manter ou restaurar a capacidade física do doente, e em particular o estado da musculatura dos membros inferiores e o controle postural.
- Prevenção de quedas. Implica uma abordagem multidisciplinar, uma vez que a queda é multifactorial (ajustamento do tratamento medicamentose, tratamento de patologias associadas que favorecem a queda, etc).

Artigo baseado na disciplina de Fisioterapia em condições neuro-múculo-esqueléticas ESS-IPS).

Para uma informação mais detalhada: ABC da Saúde - Osteoporose

3 comentários:

Anónimo disse...

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Anónimo disse...

Calor, frio, calor, frio. Transpiração, perda do sono... Fora os hormônios que estão em ebulição lá dentro e não nos deixam em paz. Exagero? Nada... Mulheres na menopausa passam por isso e muito mais. Os sintomas são os piores possíveis, eles acabam com a auto-estima de qualquer super mulher! Depressão, irritação, suor e calor, insônia, entre outros. Ser mulher não é fácil mesmo!