segunda-feira, agosto 30, 2004

Contracepção de Emergência


O que é?

A contracepção é um método ocasional de emergência usado após uma relação sexual mal ou não protegida em que haja risco de gravidez não desejada.

A pílula do dia seguinte, como muitos a conhecem, contém altas doses de estrogénio e progesterona e tem que ser tomada, preferencialmente nas primeiras 12 horas após a relação sexual não protegida, até 72 horas (3 dias) no máximo. A toma desta pílula específica pode prevenir com eficácia e segurança uma gravidez não desejada. No entanto a sua eficácia é tanto maior quanto mais rápida for tomada.
Este método actua de várias formas, para a prevenir a gravidez, consoante a altura do ciclo menstrual em que for tomada:
  • Pode impedir ou atrasar a ovulação;
  • Pode impedir a fecundação/ fertilização (encontro do óvulo com o espermatozóide);
  • Pode impedir a implantação do óvulo na parede do útero (nidação), isto é, o início a gravidez.

Mas, em relação aos diversos mecanismos de acção, aquele mecanismo que cientificamente está comprovado e actua é o primeiro, ou seja, não chega a dar-se a fecundação.

A pílula do dia seguinte pode provocar, em algumas mulheres, efeitos secundários, tais como:

  • náusea e vómito;
  • tonturas, fadiga, cefaleia (dores de cabeça);
  • dores abdominais inferiores;
  • tensão mamária;
  • atraso na menstruação;

Se vomitar nas primeiras 3 horas, é provável que a absorção do medicamento não tenha sido feita pelo organismo, sendo assim deve-se repetir a mesma dose de medicação.

A contracepção de emergência deve ser usada como recurso excepcional, uma vez que:

  • Não previne a ocorrência de uma gravidez em qualquer situação, como tal após a utilização da contracepção de emergência deve-se utilizar um método contraceptivo de barreira (preservativo, espermicida...) em cada relação sexual até ao próximo período menstrual;
  • A administração desta pílula durante o mesmo ciclo menstrual contribui para uma sobrecarga hormonal com possíveis alterações graves no ciclo menstrual;
  • Não pode interromper uma gravidez;
  • Não protege contra a SIDA e outras Doenças Sexualmente Transmitidas (DST).

Também não é recomendável recorrer à contracepção de emergência regularmente, tanto pelos efeitos secundários que pode provocar nalgumas raparigas, quanto pela cada vez menor eficácia contraceptiva em relação a outros métodos contraceptivos.

Após a administração desta pílula, o fluxo menstrual aparece na data prevista e com uma abundância normal; no entanto, poderá surgir alguns dias antes ou depois do esperado. Se surgir um fluxo anormal no dia esperado a menstruação ou se esta tiver mais do que 5 dias atrasada, é aconselhável fazer um teste de gravidez.


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