A procrastinação (derivada do latim: procrastinatiõne) consiste no acto de adiar tarefas constantemente, assim como numa incorrecta ordenação de prioridades, colocando aquelas com menor índice de importância primeiro que outras munidas de maior importância para o indivíduo no momento, como a realização de um trabalho ou o estudo para uma frequência.
Aquilo que o senso comum apelida normalmente de preguiça pode-se tratar na realidade de procrastinação, dependendo do comportamento manifestado pelo indivíduo, comportamento esse que, em casos extremos, afecta auto-estima, desempenho escolar ou laboral, interacção social assim como saúde física e mental.
Um corpo em repouso tende a permanecer em repouso se não for sujeito a forças, a procrastinação é, essencialmente, inibidora do surgimento dessas mesmas forças levando o indivíduo a um estado de inércia, o que obviamente afecta a sua vida pessoal.
Como causas deste tipo de comportamento podemos encontrar correlações com:
- Má gestão do tempo
- Condições Fisicas
- Condições Ambientais
- Ansiedade em situações de avaliação
- Ansiedade relativamente a expectativas sociais
- Crenças e Comportamentos não adaptativos
- Medo do Fracasso
- Baixa Tolerância à Frustação
- Etc..
Um dos exercícios que o procrastinador pode aplicar em si mesmo de modo a tentar combater este adiamento de tarefas é uma espécie de auto análise que consiste em escrever num papel as vantagens de adiar a tarefa, e posteriormente escrever as desvantagens. Após uma breve ponderação o sujeito é capaz de compreender o comportamento erróneo.
Mais tarefas são incitadas no procrastinador tais como: planeamento rígido de tarefas, estruturação específica e detalhada de objectivos, a quebra gradual da inércia, racionalidade durante o conflito interno que leva ao adiamento ou não da tarefa, fornecer auto reforços positivos quando se atinge um objectivo e o assimilar de métodos de controlo e gestão do tempo até que se tornem rotineiros.
4 comentários:
Por curiosidade: haverá forma de legislar este tipo de exercício por forma a torná-lo obrigatório para todos os dirigentes e organizadores (seja do que for)? Ía jurar que anda por aí muita gente a "procrastinar"...
Sem dúvida que na maioria directiva ou executiva portuguesa é mais fácil encontrar um procrastinador do que alguém que trabalhe. No entanto o procrastinador é diagnosticado como quem adia e tem um sentimento de culpabilidade sobre esse mesmo adiamento, ou seja, não se insere neste panorama já que há aí muita gente que adia e nem sequer se preocupa, receberá o mesmo ao fim do mês..
Lega. Lí e identifico-me com a procrastinação. Usei maconha por 5 anos, e atualmente estou há um a no e meio sem, e sinto os efeitos da procrastinação enraizados, pois foram potencializados com o uso da droga que fazia. Pergunto: como entender o mecanismo da procrastinação para desarticulá-lo?
amei A reportagem !
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